“O dr. Torrado era generoso e impulsivo. Acreditava nas pessoas e as pessoas com ele melhoravam (mesmo alguns flagiciosos se pareciam humanizar ao seu contacto). Praticava uma gestão participada em que todos pareciam ser co-autores.
Era um personagem do Renascimento associando a calma à força, a serenidade à determinação, o conhecimento do grande mundo e a vontade de mudar a sua região, o impulso para aprender todos os saberes, o temperamento de artista que um verso ou uma cor fazem parar e a necessidade de ser preciso, eficaz. A sua beleza impregnava tudo o que fazia: a mais chata das reuniões, a manhã mais cinzenta, a espera menos auspiciosa, tudo, se ele estava, me parecia musica dos céus".